A resposta é sim, porque a mulher que faz a preparação para o parto com um fisioterapeuta pélvico não necessariamente irá para o parto normal.

Neste momento, vivemos a chamada epidemia das cesarianas, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS. O alto índice de cesariana, de 56% coloca o país como campeão mundial na forma de nascer via cirurgia, frente a uma recomendação da OMS de somente 15%.

Através do parto via cesariana, muitas mulheres acreditam, que não sofreram com alterações ou lesões na região perineal, como incontinências urinárias e fecais, prolapsos de órgãos pélvicos, além de prejuízos na vida sexual.

No entanto, não se pode garantir que esta via de parto aumentará a proteção desta região, pois os músculos do assoalho pélvico dessa gestante já foram bastante utilizados para a sustentação dos órgãos pélvicos, do peso do bebê e dos anexos embrionários (placenta, líquido amniótico, etc), acarretando em sobrecarga. Por este motivo, a avaliação, preparação e conscientização desta parte do corpo são de suma importância, independente da via de parto.

Além disso, a fisioterapia pélvica trará benefícios nas questões posturais, respiratórias e de bem-estar para as mulheres submetidas à cesariana, orientando também sobre dores na incisão cirúrgica que podem ocorrer no período de pós-parto, ressaltando posturas para minimizá-las.

Géssica Maria Moreira
Fisioterapeuta
CREFITO 5153 LTT-F
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia – CEFID/UDESC
Aluna da Pós-Graduação em Fisioterapia Pélvica – Uroginecologia Funcional – Faculdade Inspirar
Laboratório de Saúde da Mulher – LaSam