Vaginismo, que nome esquisito!
O que é esse problema de nome esdrúxulo que afeta as mulheres.
O Sr. Hipotético Fictício estava se achando o garanhão com sua esposa Improvável Fictícia. Tudo porque ele tinha dificuldade em penetrá-la e ela apresentava ansiedade e relatava dor durante a relação sexual. O que o Sr. Hipotético não sabia era que sua esposa sofria de vaginismo, o nome esquisito acima. Logo ele saberá. Continue lendo.
Mas o que é?
Há um conjunto de coisas que caracterizam o vaginismo entre elas estão o medo, ansiedade e dor durante a penetração do pênis na vagina. Tem mais. A mulher tem dificuldade em retirar ou utilizar absorventes internos e muitas vezes não consegue nem fazer os exames ginecológicos(1).
Tudo bem, mas devido ao que isso acontece?
Isso acontece pela contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico(2).
Pois é, Sr. Hipotético Fictício, acho que não é um garanhão.
O vaginismo ainda foi classificado em primário, onde a mulher nunca conseguiu ter uma relação sexual sem dor e o secundário, após alguma doença, eventos traumáticos, problemas de relacionamento, cirurgia, mudanças de vida, por exemplo, menopausa, ou sem motivo aparente a mulher passa a sentir dor durante a relação, sem antes ter vivenciado isso(3).
O tratamento
O tratamento é multidisciplinar, pois podem existir diversas formas sendo necessário mais de um profissional, como médico, fisioterapeuta pélvico, psicólogo. Isso porque há muitas causas possíveis como fatores ambientais (criação rígida), traumas sexuais na infância (abusos) ou cresça religiosa (onde o sexo é tratado como pecado(3, 4).
Vamos falar da fisioterapia
O tratamento fisioterapêutico utiliza técnicas para alongar, reduzir a dor e desconforto, por meio de dilatadores vaginais (figurinhas abaixo), biofeedback (acesse esse link para saber mais), técnicas de massagem e exercícios para os músculos do assoalho pélvico e para os músculos próximos desta região, técnicas que trabalham o relaxamento perineal e relaxamento global(2, 3, 4).
Finalizando
Hoje desvendamos o vaginismo e sua causa bem como a fisioterapia pélvica pode colaborar no tratamento, mas não esqueça que pode ser um problema multifatorial e é necessário ajuda de outros profissionais de saúde.
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Géssica Maria Moreira
Fisioterapeuta
CREFITO 241394-F
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia – CEFID/UDESC
Aluna da Pós-Graduação em Fisioterapia Pélvica – Uroginecologia Funcional – Faculdade Inspirar
Laboratório de Saúde da Mulher – LaSam
Revisão e história:
Josuel Weslley Barcellos Faccin
Fisioterapeuta, MCMT
CREFITO 86309-F
Diretor Técnico
Ortofisioterapia –
Clínica de Reabilitação Ltda.
Referências
- CREMADES, FN. et al. Sexual disorders beyond DSM-5: the unfinished affaire. Current Opinion in Psychiatry, 2017.
- PALMA, PCR. et al. Urofisioterapia: aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. São Paulo, SP: 2014.
- PACIK, PT. et al. Vaginismus treatment: clinical trials follow up 241 patients. Sexual Medicine, 2017.
- RABINOWITZ, D. et al. Fear of vaginal penetration in the absence of pain as a separete category of female sexual dysfunction: a conceptual overview. Rambam Maimonides Medical Journal, 2017.